Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Cerveira
Nível de descrição
Fundo
Código de referência
PT/MVNC/SCMVNC
Tipo de título
Formal
Título
Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Cerveira
Datas de produção
1686
a
1998
Dimensão e suporte
169 u.i.; papel
Extensões
5,8 Metros lineares
Entidade detentora
Município de Vila Nova de Cerveira
História administrativa/biográfica/familiar
Formadas num momento de grande prosperidade económica nacional atribuído ao reinado de D. Manuel I (1495-1521), e com o intuito de praticar as 14 obras de misericórdia do catecismo cristão (7 obras de misericórdia corporais e 7 espirituais), as Misericórdias portuguesas cedo se transformaram numa instituição abrangente e polifacetada. Com data de fundação desconhecida, sabe-se que a Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Cerveira foi governada pelo compromisso da Misericórdia de Lisboa, datado de 1618 e perdurando quase até ao final do século XIX (1897), altura em que surgiram novos estatutos.A Misericórdia de Cerveira foi criada no interior do Castelo, numa casa contígua à Câmara Municipal, onde ainda hoje se mantém a Igreja da Misericórdia. À semelhança de muitas outras localidades, esta confraria também anexou o hospital medieval existente.Formada por 100 irmãos eleitos no dia de Santa Isabel, a Santa Casa Cerveirense operava com “numerus clausus” e funcionava com irmãos extraordinários, isto é, homens que não integravam formalmente a Misericórdia, mas considerados confrades. Os órgãos diretivos da instituição eram eleitos, tal como todas, nos dias dois e três de julho. No dia dois, os eleitores escolhiam os mesários e, no dia seguinte, faziam a publicação dos resultados. A Mesa reunia normalmente uma vez por mês e, nestas ocasiões, tomavam as resoluções consideradas adequadas ao bom governo da confraria.As Santas Casas prestavam um vasto leque de serviços, cumprindo um papel fundamental no combate à pobreza e na ajuda aos mais desfavorecidos, nomeadamente os seus róis de pobres, a domicílio no caso dos envergonhados, faziam distribuição semanal de esmolas, albergavam peregrinos, entravam nas cadeias para alimentar e tratar os presos, curavam doentes, enterravam defuntos etc. O grande apoio das Misericórdias advinha da Coroa, que as dotava de um vasto conjunto de privilégios, assim como garantia uma proteção determinante para a sua permanência pois, no início, as Santas Casas não possuíam bens e viviam de esmolas.
História custodial e arquivística
O Fundo da Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Cerveira deu entrada, a título de depósito, no Arquivo Municipal em outubro de 2014.
Âmbito e conteúdo
O Fundo da SCMVNC é constituído por uma grande diversidade de séries de onde se destacam: os estatutos da Santa Casa da Misericórdia, o registo de entrada dos irmãos da Irmandade, o assento dos foros e prazos que pagam à Santa Casa e as atas das sessões da mesa entre outras.
Sistema de organização
Organizado por séries e ordenado cronologicamente dentro das mesmas.
Condições de acesso
O acesso aos exemplares do Arquivo é de consulta livre mas está sujeito ao estado de conservação dos documentos e à lei.
Condições de reprodução
A reprodução de documentos encontra-se sujeita a algumas restrições tendo em conta o tipo de documentos, o seu estado de conservação ou o fim a que se destina a reprodução.Reprodução sujeita à tabela emolumentar em vigor.
Idioma e escrita
Português
Características físicas e requisitos técnicos
Estado de conservação razoável, pontualmente mau.
Instrumentos de pesquisa
Guia de remessa e Inventário
Notas de publicação
Referência bibliográficaCAPELA, José Viriato - As freguesias do distrito de Viana do Castelo nas memórias paroquiais de 1758 - Alto Minho: memória, história e património - Monção: Casa Museu de Monção e Universidade do Minho, 2005.DIOGO, José Leal – Santa Casa da Misericórdia – Para a História de Vila Nova de Cerveira II. Edição da Câmara Municipal, 1979.GUERREIRO, Castro – A Misericórdia e outras antigas Irmandades e Confrarias em Vila Nova de Cerveira. Revista “Pórtico Cerveirense”, 2008. ISBN 972-99127-1-8.MINISTÉRIO DA CULTURA, ARQUIVOS NACIONAIS/TORRE DO TOMBO, INVENTÁRIO DO PATRIMÓNIO CULTURAL MÓVEL, Recenseamento dos Arquivos Locais: Câmaras Municipais e Misericórdias, vol.3 – Distrito de Viana do Castelo, [Lisboa], 1996, p. 385-391. ISBN 972-8107-25-0.
Publicador
moliveira
Data de publicação
17/07/2025 09:45:50